Blog Católico


5/11/2012

MARIA, MULHER FIEL E CORAJOSA


A força da mãe que acompanhou Jesus no Calvário
P. Stefano Maria Pio Manelli


A fortaleza é a virtude cardeal que supera os obstáculos, mantendo o espírito firme nos sacrifícios e nas provações. É importantíssima na vida espiritual de cada alma, já que a vida de perfeição e de santidade é uma luta constante contra inúmeros inimigos, internos e externos. A fortaleza cristã é força no sacrifício, coragem na luta e fidelidade na perseverança. Com a fortaleza, o cristão domina o medo, refreia a ira, reprime os ressentimentos, se enche de confiança e de paciência na adversidade, mantém-se firme contra a opressão da dor e da morte. A fortaleza demarca o caminho reto do dever sem temeridade e sem desânimo, domando o medo com a audácia, pronta para resistir e para agir, para suportar o ataque inimigo e partir para a ofensiva. No perigo, quando a vida é posta em risco, ela brilha com todo o seu esplendor e, por isso, é a glória dos mártires.
Também desta virtude, como de todas, encontramos em Maria um exemplo e modelo perfeito, que todos devemos admirar e imitar com empenho. Ela é a Virgem poderosa, aquela que esmaga a cabeça da serpente infernal, como lemos na Gênesis (3,15) e no Apocalipse (12,9). Já no Antigo Testamento encontramos prefigurada a fortaleza de Maria, como na figura de Judite, que, ousada e brava na luta contra o inimigo Holofernes, salva um povo prestes à desesperada rendição.
Ao cortar corajosamente a cabeça de Holofernes, comandante do exército inimigo, ela prefigura Maria esmagando a cabeça da serpente infernal, salvando com o Filho a raça humana, como co-redentora ao lado do Redentor. Ao lermos na fortaleza de Judite a fortaleza de Maria, vemos escrito que Maria era uma mulher forte, especialmente no Calvário, a ponto de que a história da salvação a apresenta como co-redentora com seu Filho para a salvação de todos os homens. A fortaleza e a pureza, a beleza e a coragem brilharam radiantes em Judite, e, em todas essas virtudes, ela prefigura a "bendita entre as mulheres" (Lc 1,42), a mulher forte por excelência, a imaculada, a guerreira invencível que esmaga a cabeça do inimigo com seu pé virginal.
Ao pensarmos na vida de Maria, como não supormos a grandeza da sua força quando, menina de três anos, consagrou-se para servir a Deus no templo, subindo as escadas com intrepidez admirável? Como foi grande a sua coragem ao fazer um voto de virgindade a Deus, indo contra as leis do mundo judaico! Ao aceitar tornar-se mãe do Redentor, conhecendo os sacrifícios cruéis e heróicos que acompanhariam essa missão! Ao permanecer, intrépida e forte, ao pé da cruz do seu Filho e seu Deus, tornando-se co-redentora da humanidade com ele! A beleza da fortaleza, o exemplo da Virgem Mãe, nos inspiram a santa ambição de tornar-nos mais fortes também, e de dar à virtude infusa da fortaleza a facilidade de um hábito adquirido. Todos podemos e devemos tornar-nos fortes para ir para o céu, lembrando as palavras de Jesus: "O reino dos céus é conquistado pela força, e só os violentos o conquistam" (Mt 11, 12).
Mas quais são os meios para conseguir esta virtude? O primeiro é a oração, intensa e contínua. O segundo é a consideração diligente da paixão de Cristo e da dor de Maria. O terceiro é a educação da vontade, treinando-a para fazer o que nos custa, para perseverar mesmo nas pequenas coisas. Que valor não têm diante de Deus os pequenos sacrifícios de cada dia, a rejeição espontânea de certas satisfações? O quarto e último meio é a vitória sobre as dificuldades atuais. Todos nos encontramos em alguma dificuldade: interna, externa, moral, física... São Boaventura o explica bem, dizendo que "nos acostumamos a suportar pequenos aborrecimentos, porque quem se deixa afetar por males pequenos nunca será capaz de tolerar os maiores". Se nos rendermos, acabamos recuando e abrindo a porta para novas derrotas.
Mas se estamos determinados a vencer, a vitória é certa e nos abre o caminho para novos triunfos. Vamos começar a trabalhar, portanto, sem demora e sem vacilações. Em vez de dobrar a cabeça, levantemos a testa e peçamos a Nossa Senhora que nos encha de confiança em Deus, certos de que Ele nos dará todas as graças necessárias para combatermos o mal, vencermos as barreiras e conseguirmos a santidade que ele próprio quer de nós.


5/09/2012

AMAI-VOS COMO EU VOS AMEI




Artigo de Espiritualidade de Dom Alberto Taveira Corrêa

Não existe uma pessoa que não ame. Muda o objeto que é amado, mas faz parte da natureza humana voltar-se, no amor, para o que é desejado e buscado. Pode parecer muito simples, mas também a capacidade de amar vem a ser educada, num processo de formação que envolve a vida inteira. Mal formada, a inata capacidade para amar pode chegar inclusive à destruição da realidade que é amada. Trata-se de uma força imensa, plantada por Deus nos corações humanos. Ela vem do Céu, para se implantar e multiplicar-se no bem que pode ser feito na terra e se perpetuará na eternidade.

   O amor é um sentimento? Envolve, sim, os sentidos, mas na compreensão cristã, que perpassa a Sagrada Escritura e a experiência secular da Igreja, é muito mais do que um sentimento. Antes, é um ato de inteligência e de vontade. Basta recordar a realidade do martírio, presente em toda a história da Igreja, na qual alguém se dispõe a superar o instinto primordial de defesa da própria vida, para entregá-la pelo bem dos outros, como resultado de sua escolha de vida no seguimento do Evangelho. Existem também situações de pessoas que, mesmo sem conhecimento do Evangelho, chegam a entregar-se pelo bem dos outros, pela causa da vida e da dignidade humana. Tais gestos fazem compreender a possibilidade de uma escolha radical, que orienta todas as energias humanas para o que não se vê nem se pode comprovar, senão pelo testemunho!

“Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E trarás gravadas no teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno. Tu as repetirás com insistência a teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em casa ou andando a caminho, quando te deitares ou te levantares” (Dt 6,4). A primeira e decisiva opção na vida há de ser esta, como uma veste interior, que envolve e orienta todas as outras decisões: escolher Deus como tudo da própria existência.
O resumo da lei de Deus, expressa o Decálogo, se encontra na lapidar afirmação: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Mas foram necessários muitos séculos e, mais do que tudo, a revelação que vem do alto, para que tal mandamento viesse a ser compreendido. Aliás, foi preciso que o Pai do Céu enviasse seu Filho, como vítima de reparação por nossos pecados, para a humanidade entender o amor (1 Jo 4,7-10) e sua medida, que é justamente amar sem medida.
O amor ao próximo suscitou muitas perguntas. Afinal, o próximo é quem está perto de mim? Para povos que vagavam por desertos ou se sentiam ameaçados pelos potenciais inimigos, o estrangeiro é também próximo? Como tratar quem é diferente e incomoda? Jesus Cristo, amor do Pai que se faz carne no meio da humanidade, aproxima o amor do próximo ao amor de Deus, dizendo que o segundo é semelhante ao primeiro mandamento! Próximo vem a ser, para o Senhor, aquele de quem nos aproximamos e não apenas quem vem pedir qualquer ajuda: “Na tua opinião – perguntou Jesus –, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10, 36-37). Conhecemos o verdadeiro Bom Samaritano, o próprio Jesus, que veio percorrer as estradas do mundo, tomando a iniciativa de vir em socorro da humanidade.
Mas Jesus guarda a pérola de seu amor a ser revelada no ambiente especial da última Ceia: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 12-13). Aqui está um ponto de chegada, nascido do alto e que antecipa a realidade do Céu aqui na terra! Somos feitos para esta qualidade de amor!
Ainda que devamos amar a todos, sem distinção, cada cristão é chamado a ter um espaço de convivência, no qual possa declarar, com gestos e palavras, sua disposição para dar a vida e receber a vida doada. Nisto todos conhecerão que somos discípulos de Cristo (Jo 13,35). Pode ser a família, e quem dera que nossas famílias chegassem a esse ponto! Pode ser a experiência de uma Comunidade cristã viva, e para lá havemos de caminhar. Uma amizade sincera e pura proporciona esta declaração de amor. É uma potência indescritível de transformação da vida das pessoas. É necessário olhar ao nosso redor, pois existem, sim, pessoas, comunidades e grupos que  oferecem este testemunho!
Nos mistérios da Páscoa, celebrados pela Igreja, Deus nos dá de presente esta capacidade de amar. De nossa parte, resta corresponder aos dons de Deus (Cf. Oração do dia do VI Domingo da Páscoa). Cada resposta e cada ato de amor a Deus e ao próximo contribuirão para que o mundo, sem deixar de ser mundo, seja mais parecido com o Céu!

Fonte: http://www.zenit.org/

5/07/2012

Descoberta Tumba de um dos 12 apóstolos de Jesus,Tiago


ENTREVISTA COM O PROFESSOR FRANCESCO DANDRIA, DIRETOR DA MISSÃO ARQUEOLÓGICA QUE FEZ A DESCOBERTA dia 3 de maio a Igreja celebra São Felipe e São Tiago menor. Dois apóstolos ,que fizeram parte dos doze. 




Renzo Allegri, jornalista italiano, diretor do jornal Medjugorje Torino, entrevistou o professor D’Andria, da Puglia, formado na Universidade Católica de Milão em Letras clássicas e especializado em arqueologia pela Universidade de Salento-Lecce, que há trinta anos trabalha em Hierápolis, buscando a tumba de São Filipe.


O tema da entrevista foi a descoberta, realizada no verão do ano passado, onde encontrou-se em Hierápolis, na Frigia, a Tumba do apóstolo São Filipe, fato que chamou a atenção de estudiosos de todo o mundo.

Durante a entrevista disse o professor que sobre São Filipe temos poucas notícias: “ Dos evangelhos se sabe que era originário de Betsaida, no lago de Genezaré. Pertencia à família de pescadores. João é o único dos quatro evangelistas que o cita várias vezes”.


A Tradição nos fala que Filipe passou os últimos anos na Frígia, em Hierápolis. Por meio de uma carta de Policrate, final do segundo século, ao Papa Vitor I, sabemos que Filipe morreu em Hierápolis, que duas filhas suas morreram virgens… e que outra filha sua foi enterrada em Éfeso.
Sobre como e quando morreu o apóstolo, o professor Francesco nos disse que a “maioria dos documentos afirmam que Filipe morreu em Hierápolis, no ano 80 depois de Cristo, quando tinha 85 anos. Morreu mártir pela sua fé, crucificado de cabeça para baixo como São Pedro.” Foi o Papa Pelágio I, no sexto século, que transferiu seus restos mortais a Roma, para uma Igreja construída para essa ocasião, atualmente é a Igreja dos Santos Apóstolos, reformada no ano 1500.

As investigações sobre a tumba de Filipe em Hierápolis começaram no ano de 1957, continua o professor, dizendo que o mérito foi do Professor Paolo Verzone, apaixonado pela arqueologia. A primeira grande descoberta foi uma igreja Bizantina do quinto Século que o professor chegou a pensar que tinha sido construída sobre a tumba do apóstolo Filipe, porém, várias escavações no local não tinham encontrado mais nada.

“Eu mesmo pensava que a tumba se encontrasse na região daquela Igreja” –afirma o professor – porém no ano 2000 “quando me tornei diretor da missão arqueológica italiana de Hierápolis sob concessão do ministério da Cultura da Turquia, mudei de opinião”.
O professor disse ter dirigido a sua atenção a outro ponto, sempre na mesma região. “Os meus colaboradores e eu estudamos atentamente uma série de fotos de satélite da região” – disse o D’Andria- e “entendemos que o Martyrion, a Igreja octonal, era o centro de um complexo devocional mais amplo e articulado”. A colina toda era um complexo preparado para acolher os peregrinos, até mesmo com uma parte termal, para que os peregrinos se lavassem depois das suas longas viagens, antes de visitarem a grande tumba do apóstolo Filipe.

No ano 2010, vieram à luz algumas descobertas também que o levaram até a Tumba do apóstolo: encontrou-se um tumba romana, do primeiro século depois de Cristo. Mas era uma tumba que estava no centro da Igreja, ou seja, sem dúvida, com uma grandíssima importância dada à ela pelos cristãos. No verão do 2011, depois de encontrar uma escada muito consumida, tudo indicava que era pelo grande afluxo de peregrinos naquela Igreja, que era um “extraordinário local de peregrinação”, disse o professor. Na fachada também há muitos grafites nos muros, com desenhos de cruzes, que sacralizaram de certa forma a tumba pagã.
“Mas a confirmação principal de que aquela construção é realmente a tumba de São Filipe” – afirma o professor D’Andria – é um pequeno objeto que se encontra no museu de Richmond nos EUA”. “Trata-se de um selo em bronze com uns 10 centímetros de diâmetro, que servia para autenticar o pão de São Filipe que era distribuído aos peregrinos.”
Foram encontrados ícones com a imagem de São Filipe com um grande pão na mão, assim como hoje temos o Pão de Santo Antonio.

Portanto, no ícone aparece desenhado, como uma autêntica fotografia de todo o complexo de então, e tem levado a entender que a tumba se encontrava na Igreja basilical e não no martyrion.
Por fim, afirmou o professor Francesco que no dia “24 de novembro do ano passado, eu tive a honra de apresentar a descoberta para a Pontifícia academia arqueológica de Roma diante de estudiosos e representantes do Vaticano. Também o patriarca de Constantinópoles, Bartolomeu, primaz da Igreja ortodoxa, quis receber-me para ter detalhes da descoberta, e no dia 14 de novembro, festa de São Filipe para a Igreja Ortodoxa, quis celebrar a Missa sobre a tumba reencontrada em Hierápolis. E eu estava presente, emocionado como nunca estive, também porque os cantos da liturgia grega ressoavam depois de dois mil anos entre as ruínas da Igreja.


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

5/05/2012

Terço do Exorcismo das Lágrimas de Sangue da Virgem Poderosa






Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo de vosso amor.
Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
OREMOS: Deus que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Oração de São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso refugio contra as maldades e ciladas do demônio! Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos; e vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo poder Divino, precipitai ao inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder e condenar as almas. Amém.
SU.P.R.E.M.A.C.I.E.L.*
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ó Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Confiante na infinita misericórdia, que brota dos vossos corações, venho humildemente, prostrar-me na vossa presença. Peço-vos perdão, por todos os meus pecados, especialmente toda forma de idolatrias, impurezas, ódios, egoísmos e injustiças, praticadas contra Deus, contra o próximo e contra mim mesmo. Firmemente renuncio a satanás, a todas as suas obras e enganações malignas. Decididamente renuncio ao demônio, que é o pai e principio de todo pecado. Em nome de Jesus Cristo, pela intercessão da Virgem Maria e com a proteção de São Miguel Arcanjo, expulso da minha vida, todos os espíritos impuros e ordeno-lhes que vão debaixo dos pés de Jesus, nosso Salvador. Eu sou lavado, pelo sangue redentor de Jesus Cristo. Eu sou purificado, pelo fogo abrasador do Espírito Santo. Renovo agora as promessas e consagrações do meu batismo. Definitivamente aceito, Jesus Cristo como meu Salvador, Rei e único Senhor. Aceito a sua Mãe, a Virgem Maria como minha querida Mãe e Rainha. Em verdade, livre, inteira e completamente, com tudo o que sou e tenho. Em meu passado, presente e futuro. No meu corpo, mente e espírito. Com tudo que envolve a minha existência. Consagro-me ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Quero a partir de agora, viver na vossa presença, buscando a santidade e praticando a justiça. Para isso peço-vos uma nova efusão do Espírito Santo, com seus dons, carismas e frutos. Que toda a minha vida, seja um hino de louvor a Santíssima Trindade. Afirmo tudo isso em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Rezar um Credo... 1 Pai-Nosso...3 Ave Marias e 1 Glória
Mistérios do Terço
Primeiro Mistério contemplamos como Jesus nos deu um exemplo brilhante na luta contra satanás e seu reino.
Segundo Mistério contemplamos como Jesus venceu a morte e o inferno pela sua paixão e morte na cruz.
Terceiro Mistério contemplamos a Cruz de Cristo que se tornou um Sinal de terror para satanás.
Quarto Mistério contemplamos como Jesus deu a Virgem Maria a força de esmagar a cabeça de satanás.
Quinto Mistério contemplamos como Jesus deu a Virgem Maria o poder sobre satanás eternamente.
Nas contas grandes:
Magnificat: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade da sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo Nome é santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que O temem. Manifestou o poder de Seu braço, desconsertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia. Conforme prometera a nossos pais em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. Amém.
Nas contas pequenas:
Ave Maria, Virgem Poderosa, Imaculada Conceição, Rainha das Vitórias, que as vossas Lágrimas de Sangue destruam as forças do inferno. Amém!
Nas vezes do Glória:
A Cruz Sagrada seja minha Luz, não seja o dragão, meu guia, retire-se satanás, nunca me aconselhes coisas vãs, é mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu próprio veneno.
Salve Rainha
Salve, Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A Vós bradamos, degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia, pois advogada nossa; esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.


Levanta-se Deus, intercedendo a Bem-Aventurada Virgem Maria, São Miguel Arcanjo e todas as Milícias Celestes. Que sejam dispersos seus inimigos e que fujam de Vossa Face todos os que vos odeiam e vos perseguem. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

5/04/2012

Santo Ezequiel Moreno, Bispo



Seus 15 anos como missionário nas Filipinas foram impregnados com um halo de santidade pela sua piedade, seu zelo apostólico e a caridade com os doentes. A Espanha e a Colômbia também usufruíram de sua dedicação e competência.

Ezequiel Moreno y Días nasceu em Alfaro, na província de La Rioja, Espanha, no dia 9 de abril de 1848. Terceiro filho de um casal pobre de bens materiais mas rico em virtudes, ele recebeu uma profunda educação cristã.
Seu pai, Félix, alfaiate de profissão, e sua mãe, Josefa Días, eram ambos modelos de honradez e piedade e educaram os cinco filhos na Igreja.
Ezequiel sentiu desde criança o chamado de Deus à vida religiosa e missionária. Conhecedor da responsabilidade missionária dos agostininaos recoletos nas Ilhas Filipinas, ele queria ser missionário nestas ilhas distantes.
Aos dezessete anos, no dia 22 de setembro de 1865, emitiu a profissão religiosa na Ordem dos Agostininanos Recoletos. Ele tomou o nome de Frei Ezequiel de Nossa Senhora do Rosário, nome com o qual gostava de ser chamado. Ele fez sua profissão religiosa aos pés de Nossa Senhora do Caminho, a qual amava com singular ternura.
No dia 4 de outubro de 1869 embarcava rumo à terra de seus sonhos – as Ilhas Filipinas –, junto com outros 17 religiosos. Eles chegaram em Manila -capital das Filipinas- no dia 10 de fevereiro de 1870. Frei Ezequiel Moreno foi ordenado sacerdote em Manila em 3 de junho de 1871. Ele foi destinado à ilha de Mindoro para iniciar suas atividades missionárias junto com frei Eustáquio, seu irmão -biológico- mais velho.
A integridade da sua conduta, seu amor aos doentes e suas insaciáveis ânsias missionárias ganharam a estima dos superiores que logo lhe confiaram o delicado cargo de missionário e capelão na ilha de Palawan. Ali colocou todo o seu zelo apostólico. Sua intensa atividade e a malária acabaram com sua saúde e após nove meses se viu obrigado a retornar a Manila. Porém, não ficou parado: exerceu vários cargos e assumiu várias responsabilidades, entre elas: pároco – em mais de uma comunidade –, pregador e administrador.
Os primeiros 15 anos sacerdotais, cheios de ardente zelo apostólico, transcorreram nas Filipinas. Em 1885 ele foi nomeado superior do convento de Monteagudo (Espanha), na época a comunidade onde se formavam as consciências dos futuros missionários. Ninguém melhor que ele, missionário experimentado com auréola de santo, pôde suscitar no coração dos jovens o espírito apostólico.
A fama de santidade que havia adquirido nas Filipinas só cresceram durante os três anos do seu priorado no convento de Monteagudo. A Providência lhe preparou uma excelente oportunidade para aumentar o seu zelo apostólico em outras terras distantes.
Ezequiel Moreno se oferece como voluntário quando os irmãos agostinianos da Colômbia pedem ajuda à Espanha. Ele foi nomeado superior de uma expedição que contou com sete missionários.
O primeiro objetivo era restabelecer a observância religiosa nas comunidades. Frei Ezequiel Moreno sabia que somente bons religiosos poderiam ser autênticos apóstolos e missionários. O restabelecimento da vida religiosa contou com o reativamento das missões nas planícies de Casanare, lugar onde os agostinianos recoletos da Colômbia tinham exercitado antigamente o seu apostolado.
Ele mesmo vai como pioneiro e recorreu no dorso de mula os povoados espalhados pela imensa região de missões. Seu testemunho estimulou o ânimo dos religiosos.
Em 1893 ele foi nomeado Bispo titular e vigário apostólico de Casanare. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia primeiro de maio de 1894. Sua intenção era passar ali os restos de seus dias, no meio de privações e sofrimentos junto ao povo que tanto amava. Porém, Deus tinha outros planos para ele.
Em 1895 ele foi nomeado Bispo de Pasto. Sua nova missão lhe mostrou situações mais dolorosas: humilhações, menosprezo, calúnias e perseguições. No entanto, sua vida interior, sempre dirigida para Deus e seu amor à contemplação suscitaram em torno dele um grupo de almas seletas as quais, com sabedoria iluminada, dirigiu nos caminhos da santidade.
Amigo da verdade e dos homens até ao ponto de expor repetidas vezes sua vida, foi o alvo preferido dos insultos e perseguições de quantos queriam ferir a Igreja.
Ele uniu uma caridade sempre disponível à uma grande fortaleza de ânimo, mormente quando se tratava dos interesses de Cristo e da Igreja.
De 1888 até pouco antes de sua morte, dedicou sua multiforme atividade à Colômbia. Restaurou a Província da Candelária, deu início a uma nova fase missionária, foi o primeiro Vigário Apostólico de Casanare e desde 1896, Bispo de Pasto.
Em 1905 manifestou-se no seu corpo uma grave enfermidade: câncer no nariz. Os médicos recomendaram viajar para a Europa em busca de tratamento adequado, o que ele fez somente com insistentes pedidos dos sacerdotes e religiosos. Chega à Espanha em 1906 e em fevereiro é operado num procedimento muito doloroso, em grande parte sem anestesia. Ele passou por uma segunda operação em março do mesmo ano, mas sem êxito algum.
Convencido de que havia chegado o seu fim, decide passar os últimos dias de sua vida em uma cela conventual em Monteagudo, junto à Nossa Senhora do Caminho, "sua mãe amadíssima" para render ali ao Senhor a homenagem de sua vida.
Ezequiel Moreno morreu no convento de Monteagudo (Navarra, Espanha), onde professara e onde fora prior, a 19 de agosto de 1906.
Foi sepultado na igreja de Nossa Senhora do Caminho do convento de Monteagudo. Seus restos repousam hoje em uma capela, construída recentemente dentro do recinto da mesma igreja. Foi beatificado pelo papa Paulo VI no dia 1º de novembro de 1975 e canonizado por João Paulo II no dia 11 de outubro de 1992, em Santo Domingo, República Dominicana, no V Centenário da Evangelização da América, durante a IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Celam).
Santo Ezequiel Moreno é denominado o Santo da Nova Evangelização e são atribuídas à sua intercessão muitas curas, especialmente de câncer.

Irmã Serafina Micheli e a visão de Lutero no inferno


Em 1883, a Irmã Maria Serafina Micheli (1849-1911), que será beatificada em Faicchio, na província de Benevent, diocese de Cerreto Sannita (Itália), em 28 maio de 2011, fundadora das Irmãs dos Anjos, estava passando por Eisleben, na Sassonia, cidade natal de Lutero. Naquele dia se festejava o quarto centenário do nascimento do grande herege (10 de novembro de 1483), que dividiu em duas a Europa e a Igreja, deste modo as ruas estavam lotadas, as varandas enfeitadas com bandeiras. Entre as numerosas autoridades presentes aguardava-se, a qualquer momento, a chegada do empreendedor Guglielmo I, que presidiria a celebração solene. A futura beata, embora notasse o grande tumulto, não estava interessada em saber a razão para aquele entusiasmo inusitado, seu único desejo era procurar uma igreja e rezar para poder fazer uma visita a Jesus Sacramentado. Depois de caminhar por algum tempo, finalmente, encontrou uma, mas as portas…

… estavam fechadas. De todo modo, ela se ajoelhou na escadaria de acesso para fazer as suas orações. Sendo noite, não havia percebido que não era uma igreja católica, mas protestante. Enquanto rezava, o Anjo da Guarda lhe apareceu e disse: “Levanta-te, pois esta é uma igreja protestante”. E acrescentou: “Mas eu quero fazer-te ver o local onde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofreu em castigo do seu orgulho”.
Depois destas palavras, ela viu um terrível abismo de fogo, no qual eram cruelmente atormentadas um incalculável número de almas. No fundo deste precipício havia um homem, Martinho Lutero, que se distinguia dos demais: estava cercado por demônios que o obrigavam a se ajoelhar e todos, munidos de martelos, se esforçavam, em vão, em fincar em sua cabeça um grande prego. A Irmã pensou: se o povo em festa visse esta cena dramática, certamente, não tributariam honra, recordações, comemorações e festejos para um tal personagem. Em seguida, quando se apresentou a ocasião, recordou às suas irmãs que vivessem na humildade e no recolhimento. Estava convencida de que Martinho Lutero fora punido no inferno, sobretudo, por conta do primeiro pecado capital, o orgulho.


O orgulho o fez cair em pecado capital, conduziu-o à rebelião aberta contra a Igreja Católica Romana. A sua conduta, sua postura para com a Igreja e a sua pregação foram determinantes para enganar e levar muitas almas superficiais e incautas à ruína eterna. Se quisermos evitar o inferno, vivamos na humildade. Aceitemos não ser considerados, valorizados e estimados por aqueles que nos conhecem. Não nos queixemos quando formos desprezados ou deixados por último por outros que pensamos ser menos dignos que nós. Jamais critiquemos, por qualquer razão, as ações daqueles que nos rodeiam. Se julgarmos os outros, nem sequer somos cristãos. Se julgarmos os outros, não somos sequer nós mesmos.
Confiemos sempre na graça de Deus e não em nós mesmos. Não nos preocupemos excessivamente com nossa fragilidade, mas com nosso orgulho e presunção. Digamos freqüentemente com o salmista: “Senhor, meu coração não se enche de orgulho, meu olhar não se levanta arrogante. Não procuro grandezas, nem coisas superiores a mim.” (Salmo 130). Ofereçamos a Deus nosso “nada”: a incapacidade, a dificuldade, os desânimos, as desilusões, as incompreensões, as tentações, as quedas e as amarguras de cada dia. Reconheçamo-nos pecadores, necessitados de sua misericórdia. Jesus, justamente porque somos pecadores, só nos pede que abramos nosso coração e nos deixemos ser amados por Ele. Esta é a experiência de São Paulo: “porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo “(2 Cor. 12,9). Não impeçamos o amor de Deus para conosco com o pecado ou com a indiferença. Demos sempre a Ele mais espaço em nossa vida, para viver em plena comunhão com Ele no tempo e na eternidade.